Antigamente, as crianças corriam na rua, brincavam de pega-pega e soltavam pipa. Hoje em dia, a molecada das cidades passa horas na internet ou assistindo TV, sem falar na alimentação, muitas vezes baseada em fast food e guloseimas.
Obesidade é um problema de saúde pública nos EUA e no Brasil. Segundo um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o governo federal brasileiro gasta R$ 3,5 bilhões todo ano só para o tratamento das doenças provocadas pelo sobrepeso ou pela obesidade.
Um estudo feito pela Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, demonstrou que, entre os 1500 jovens acompanhados, houve casos em que jovens obesos desenvolveram depressão, e também o contrário, jovens deprimidos se tornaram obesos.
Pais e professores devem ficar atentos aos sinais de depressão, principalmente em jovens com excesso de peso, e procurar avaliação psicológica, caso necessário.
A obesidade está ligada a doenças cardiovasculares, certos tipos de câncer, diabetes etc. Como as doenças cardiovasculares geralmente não apresentam sintomas, é comum que não se dê ênfase na prevenção. Descobertas recentes mostram que crianças e adolescentes acima do peso correm um risco maior do que se pensava de sofrer de diabetes e hipertensão precocemente. Por isso, convém que esses grupos tenham acompanhamento médico regular.
De acordo com um estudo publicado na revista científica norte-americana “Pediatrics”, a taxa de sobrepeso dos jovens pode cair mais de 26% caso eles pratiquem mais de uma atividade física. Se os estudantes caminhassem ou utilizassem a bicicleta para ir ao colégio três vezes por semana, esse problema seria reduzido em 22%.
A prática de exercícios físicos é peça chave no combate à obesidade infantil. Cabe aos pais e professores incentivar de forma a despertar o interesse real das crianças pelas atividades. Lembrando que, para as crianças, as atividades devem ser divertidas, misturando brincadeiras, jogos etc.
O maior consumo de guloseimas costuma ocorrer em casa. Então, evite comprar alimentos prontos, muito açucarados. Proibir não funciona. A melhor estratégia é combinar com a criança o que é melhor. Por exemplo, pode-se combinar que, no dia em que beber chocolate ao leite, refrigerante fica fora. Se escolher um suco natural, aí pode comer um bombom.
A sobremesa não deve ser recompensa. Ela pode fazer parte do menu ocasionalmente e não deve ser um hábito. Ao valorizar a sobremesa, tira-se o foco da refeição principal, que a criança passa a encarar como sacrifício.
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