Imagine a seguinte cena: os pais entram na escola para conhecê-la antes de realizar a matrícula. Entre muitas dúvidas e indagações, questionam a professora:
– Quantos alunos especiais a escola possui?
A professora, imbuída da sabedoria dos mestres, responde:
– São 500 alunos com necessidades especiais.
E quantas crianças estudam aqui?
– 500.
A história nos faz refletir sobre a complexidade do pequeno universo de cada criança e sobre o desafio que é educar, independentemente das necessidades especiais em questão serem físicas, emocionais ou cognitivas.
Os Jogos Paralímpicos vão começar no dia 07 de setembro e, além do espírito esportivo, o evento traz algumas reflexões relacionadas à busca pela inclusão. Afinal de contas, alguém aí não se acha especial? Alguém aí acredita que realmente não possui nenhuma necessidade ou desabilidade? É claro que todos nós admitimos que não somos eficientes em todos os aspectos. Então, antes que você pense que já sabe o bastante sobre o assunto, assista ao vídeo a seguir. O canal oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 no Youtube lançou uma campanha convidando o público para prestigiar os jogos que começam na próxima semana.
Veja a reação das pessoas:
O evento traz grandes nomes, esportistas consagrados que conseguiram transpor os limites do próprio corpo – assim como nos jogos olímpicos – e se transformarem em atletas de alto rendimento. Para ter um gostinho do que vem por aí, mais um vídeo incrível:
Entre as principais lutas dos portadores de necessidades especiais estão a acessibilidade e a educação inclusiva. No ensino, depois de reconhecer que cada crianças é diversa e possui suas próprias necessidades especiais, é preciso transformar as escolas e sistemas de educação para possibilitar o atendimento integral de todos os alunos. Veja um exemplo, puxando a sardinha para o nosso assado, a pedagogia esportiva:
O Programa Cultivar é um sistema de ensino de Educação Física que utiliza uma metodologia própria, idealizada para permitir que se trabalhe com até 40 alunos ao mesmo tempo. Os materiais utilizados em aula são adaptáveis para se adequarem a estudantes de diferentes séries e com diferentes habilidades.Um exemplo são cestas de basquete e redes de vôlei e tênis que possuem regulagem de altura. Dessa forma, elas podem ser ajustadas para que alunos cadeirantes possam alcançá-las e jogar a partida.
Para os jogos como vôlei e tênis, há várias bolas com diferentes tamanhos e densidades, que se deslocam com velocidade reduzida, ideais para trabalhar com estudantes com dificuldades de locomoção.
Outros materiais estão sendo desenvolvidos, como bolas de espuma com guizo para pessoas cegas ou com dificuldades visuais e tabuleiros de xadrez com linguagem em Braille, são pensados não apenas para crianças com deficiência, mas também para garantir mais segurança e conforto para todos os alunos.
Com criatividade é possível uma inclusão divertida nas aulas de Educação Física.
O Programa Cultivar é um Sistema de Ensino de Educação Física e atividades extracurriculares