PROFESSORES

 


 

Professores_MarcãoOlá, estimados amigos professores! Com a devida permissão, eu gostaria de poder estrear e, na mesma medida, inaugurar este espaço de reflexão, de troca de experiências entre os professores de Educação Física, sobretudo os que atuam dentro das escolas. Sou o professor Marcos, popularmente conhecido como ‘professor Marcão’. Costumo brincar com meus amigos e alunos que ‘Marquinhos’ nunca combinou com toda minha estrutura física desde os tempos de adolescência. 

Minha participação junto à Guarani Sport

Brincadeiras à parte, eu posso afirmar que tive o privilégio de desenvolver, há quase uma década, diversos projetos esportivos com a Guarani Sport, em conjunto com profissionais sensacionais, que hoje são referências para mim. E, além disso, por meio de muitas capacitações, pude contribuir na formação de professores de Educação Física e acadêmicos de diversas instituições do estado e de alguns municípios de outras regiões do país.

Gosto também de deixar registrado o fato de que, além de coordenar os projetos da Guarani, sou professor universitário, em especial, professor de Educação Física escolar. Em outra oportunidade, gostaria de adentrar um pouco mais no universo de minha ocupação, principalmente pelo fato de que nunca imaginei que, durante minha graduação, trabalharia em uma escola, e hoje tenho uma paixão tremenda por essa área de atuação.

Seguindo os pensamentos de Nóvoa, grande educador português, não nascemos professores. Tornamos-nos professores, e esse processo é contínuo: fazemos-nos professores através de nossas experiências prévias, durante a graduação, no exercício da nossa profissão, no convívio com os estudantes e com os outros professores.

 

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Os professores de Educação Física escolar em conexão

Após essa breve introdução, vamos apresentar o tema escolhido neste espaço semanal, que é a importância de conectar os professores de Educação Física escolar. E a escolha deste tema não é por acaso. É fruto da convivência com centenas de outros professores, principalmente nos últimos quatro anos, período em que ocorreu a capacitação e a formação de professores em diversos cursos do Programa Cultivar e palestras em algumas universidades do estado. E também pelo fato de que a tentativa de criar essa conexão entre os professores será o eixo norteador de minha participação neste espaço, compartilhando conteúdos, notícias, experiências, relatos de outros professores e acontecimentos do meu dia a dia como professor, entre outras coisas.

Gostaria de sublinhar algumas questões que evidenciam a relevância desse movimento, muitas provindas do convívio com outros colegas de profissão e dos desafios e dificuldades enfrentadas pelos professores. Há anos desenvolvemos projetos para facilitar a compreensão e o ensino do esporte, especialmente para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer ou experimentar determinadas modalidades em sua formação. No entanto, é de comum conhecimento que a Educação Física não pode e não deve se pautar apenas no ensino de atividades esportivas. Dança, artes marciais, ginástica e teatro também são componentes essenciais da Educação Física escolar. Mas nossas experiências com essas atividades são fatores cruciais no desenvolvimento das mesmas em nossas aulas.

Então, as soluções para esse problema, na maioria das vezes, estão espalhadas nos diversos espaços, escolas e comunidades. Há profissionais que têm muita afinidade e facilidade em desenvolver esses temas, e que podem compartilhar seus saberes com outros colegas. E esse movimento é recíproco. Vejamos, por exemplo, que em certa cidade constatamos a presença de professores com facilidade em trabalhar com a modalidade de futsal, mas não faziam ideia de como lidar com a dança na escola. Em contrapartida, em escolas próximas às desses professores, havia professoras apaixonadas por dança, mas com dificuldades em aplicar o futsal em suas aulas.

Justificativa para a conexão entre os professores

Em vista disso, precisamos conectar esses professores para que compartilhem conteúdos, atividades, métodos, angústias e sonhos. Para que esse movimento se transforme numa práxis coletiva, em que avaliamos e reavaliamos nossas práticas, nossos conteúdos, nossas experiências, e que possamos nos tornar professores melhores, para que a Educação Física possa evoluir. Muitas melhorias em nossos projetos só ocorreram devido à participação de professores que nos forneciam feedbacks, faziam críticas, análises positivas e negativas. Posso afirmar que melhorei muito como professor convivendo com outros professores em cada uma das cidades e instituições que tive o privilégio de visitar. Escutando-os, compreendendo-os, mas também compartilhando minhas experiências.

Expectativas para o próximo encontro

Assim, eu encerro minha participação com esta pequena provocação, com o intuito de despertar em outros professores essa possibilidade; possibilidade de encontrar em um professor próximo de mim algumas respostas que podem funcionar para as maiores questões que afetam minha profissão. Poderia apontar milhares de fatores que são entraves para que essas conexões ocorram, mas vamos apontá-los com calma neste espaço, um a um, a fim de gerar mais reflexões, debates, e para que possamos contribuir para uma Educação Física de qualidade, contribuir na evolução da nossa profissão.

Ser professor é um movimento, e, numa disciplina em que o movimento está implícito, não podemos nos acomodar nem nos isolar, ainda mais em um século altamente tecnológico. Que possamos conversar, aprender e desaprender com outros professores. Essa conexão é importante, imprescindível, essencial.

Um grande abraço a todos.

Seja o primeiro de seus amigos a curtir o Programa Cultivar.

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