Na minha época de escola, era sempre assim: na Educação Física criava-se uma ideia entre os alunos de que somente os mais aptos poderiam participar, e logo alguns começavam a selecionar quem eles queriam no seu time, tentando encontrar os mais habilidosos. Era nessa hora que começavam os apelidos e julgamentos, e muitas vezes as meninas ficavam de fora e iam pular corda, que era “coisa de menina”.
Esse tipo de situação ainda acontece muito por aí, infelizmente, mas que bom que os tempos estão mudando. Ufa!
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A participação feminina nas Olimpíadas só começou em 1900, nos Jogos de Paris, embora a primeira Olimpíada da era moderna date de 1896. Apenas 11 mulheres estavam inscritas em duas modalidades: golfe e tênis.
De lá pra cá muita coisa mudou. Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, foi a primeira vez que as mulheres participaram de todos os esportes olímpicos! Durante esse processo, muitas mulheres deram tudo de si para escrever seu nome na história dos esportes!
A tenista britânica entrou para a história ao ser a primeira mulher a subir no lugar mais alto do pódio, nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1900. Charlotte também venceu 5 vezes o Torneio de Wimbledon e, em 1908, se tornou a mulher mais velha a vencer a competição, recorde que ainda não foi batido.
Com apenas 16 anos se tornou a primeira campeã olímpica do atletismo, quando venceu a prova dos 100 metros rasos, nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928. Três anos depois, sofreu um acidente de avião, quando quebrou várias vértebras e o joelho. Recuperada, mas com sequelas no joelho (não podia dobrá-lo totalmente, o que a impedia de se agachar para a largada), Betty passou a se dedicar ao revezamento e, em 1936, em Berlim, conquistou outro ouro como membro da equipe de revezamento feminino 4×100 dos Estados Unidos,aos 24 anos.
Brasileira filha de alemães, foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, em 1932, e tem seu nome no hall da fama da Federação Internacional de Natação. Em 1939, durante a preparação para as Olimpíadas de Tóquio, Maria Lenk quebrou 2 recordes mundiais, nos 200 m e 400 m peito. Era a favorita para o ouro, mas os jogos foram cancelados devido à Segunda Guerra Mundial. Já no Campeonato Mundial da categoria 85-90 anos, Maria voltou de Munique com nada mais nada menos que 5 medalhas de ouro! Ela também ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física em 1942, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A melhor tenista brasileira de todos os tempos! Durante duas décadas de esporte, venceu 19 Grand Slams (7 nas simples, 11 nas duplas femininas e 1 nas duplas mistas) e outros 570 torneios internacionais (isso mesmo). A tenista foi a primeira e única brasileira a ser a número 1 do ranking mundial, entre 1959 e 1960.
A primeira árbitra de futebol do mundo. Léa Campos recebeu seu diploma e o reconhecimento da FIFA em 1971 e precisou vencer muitos desafios para exercer sua profissão em um esporte, então considerado 100% masculino. Léa apitou mais de 100 jogos e representou o Brasil no Mundial de Futebol Feminino, no México.
A chinesa Zhang Shan, em 1992, tornou-se a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro em uma competição mista de tiro, igualando o recorde mundial e batendo o recorde olímpico.
A saltadora detém vários recordes, mas nenhum deles se compara ao feito de se tornar a primeira sul-americana a conquistar uma medalha de ouro olímpica individual! Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, Maurren saltou 7,4 m, ficou com a medalha de ouro e gravou seu nome na história do esporte.
O Programa Cultivar é um Sistema de Ensino de Educação Física e atividades extracurriculares.